Na terça-feira (16), a prefeitura de Campo Grande/MS realizou a 1ª Conferência Regional de Políticas Públicas e Direitos Humanos da População LGBT de Campo Grande, no Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza.
Com o tema "Por um Brasil que criminalize a violência contra LGBT", o principal objetivo do evento foi oferecer elementos em defesa dos Direitos Humanos da população LGBT que possam atuar na prevenção das diferentes formas de violência, e no fomento de medidas preventivas voltadas para ações educativas que contribuam para o combate de padrões culturais que alimentam o machismo, o racismo, a homofobia, lesbofobia e transfobia.
Segundo o integrante da Comissão de Gênero e Diversidade Sexual do Conselho Regional de Psicologia, Robson Batista, a Conferência é uma iniciativa importante que traz à tona a realidade da população LGBT de Campo Grande, expondo os principais problemas enfrentados. “Muitos casos de homofobia, transfobia, desrespeito às identidades de gêneros ainda acontecem na capital, tanto na esfera pública, quanto privada”, comentou Robson.
Contra isso, explica o psicólogo, o debate conduzido na Conferência Regional procurou criar diretrizes para que haja um atendimento mais humanizado para a comunidade LGBT. Nesse contexto a ideia, de acordo com Robson, é construir um conjunto de indicações que sirvam de base para formulação de novas políticas públicas que combatam os casos de violência.
“Apesar das dificuldades, estamos caminhando lentamente neste debate sobre diversidade sexual, relações de gênero; algo muito novo no Brasil. O interessante é que essa situação vem sendo sistematizada e está sendo notada por todos como um conjunto de direitos que devem ser respeitados”, frisa Robson.
A pauta dos trabalhos foi dividida em quatro eixos: "Políticas transversais; participação social e Sistema Nacional LGBT"; "Educação, Cultura e Comunicação/Mídia em Direitos Humanos"; "Segurança Pública e Justiça" e "Marcos jurídicos e legais para o enfrentamento à violência".
A organização do evento é da Subcoordenadoria de Políticas Públicas LGBT, com apoio da SAS (Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania) e da Segov (Secretaria Municipal de Governo).