Com o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 para crianças no Brasil, a intensa disseminação da desinformação com a circulação de notícias falsas e alarmantes quanto à segurança e à eficácia das vacinas disponibilizadas pelo SUS, vem causando um cenário de medo e insegurança na decisão dos pais ou responsáveis em vacinar seus filhos contra o coronavírus.
Segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), já foram vacinadas 221.137 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. A baixa adesão à campanha de vacinação infantil, pode comprometer as metas de cobertura vacinal nesse grupo populacional, causando aumento da circulação viral, hospitalizações, mortes e sofrimento evitáveis para a população brasileira.
Diante do registro na ANVISA, não há mais dúvidas que a vacina é segura, de acordo com a verificação das condições de qualidade, segurança e eficácia realizada pela agência regulatória nacional. As Sociedades Brasileiras de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP) e de Imunização (SBIm) também já se posicionaram publicamente, apoiando e defendendo a necessidade e a importância da vacinação das crianças contra a Covid-19.
O desestímulo dos setores da sociedade e também do próprio governo à vacinação infantil, com recomendações como: “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização das crianças”, ainda que essa recomendação não seja obrigatória e endossada por sociedades médicas, deve ser repudiado com veemência.Precisamos garantir o que está previsto no artigo 14 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que determina no 1º parágrafo como “obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.
Diante o exposto, motivamos a categoria e a sociedade a participar da campanha de vacinação infantil. Vacinar as nossas crianças é um ato de amor.