Documento destaca a importância de aliar a conduta e ética profissional ao uso das redes sociais na publicidade de serviços prestados por psicólogas(os)
O uso das novas tecnologias como ferramenta de divulgação amplia as formas de alcance da publicidade de serviços psicológicos à população. Diante dessa realidade, a questão ética sobre formas de utilização profissional das redes sociais é um tema que gera dúvidas e debates entre as(os) psicólogas(os).
Para orientar a categoria a como atuar nesse contexto, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou na terça-feira (21) orientações sobre publicidade e cuidados éticos no uso profissional das redes sociais.
A Nota Técnica CFP 1/2022 foi elaborada para instruir a categoria quanto aos critérios que precisam ser atendidos para as divulgações profissionais nas redes sociais. As condutas devem seguir o Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP), resoluções e outras normativas do Sistema Conselhos, além de leis relacionadas com o exercício profissional da Psicologia.
A presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes, explica que embora a publicidade profissional já seja abordada no Código de Ética Profissional do Psicólogo, a orientação publicada aprofunda a questão e é motivada pelo avanço do trabalho da Psicologia, que adapta-se aos novos contextos da sociedade. “O documento aborda sobretudo o advento das redes sociais como recurso de divulgação do exercício profissional”, destaca.
Divulgação nas redes sociais e questões éticas
As orientações do CFP ressaltam pontos importantes quanto à utilização das ferramentas digitais e as questões éticas, como a perenidade das informações veiculadas pelas(os) profissionais; a possibilidade da conexão dos serviços psicológicos com informações em desacordo com os aspectos éticos estabelecidos para a prática profissional; publicações associadas à imagem das(os) psicólogas(os) na internet que não sejam adequadas para o exercício profissional; e a importância de se saber manejar essas informações com o conhecimento adequado das ferramentas digitais utilizadas e o conhecimento dos riscos éticos envolvidos.
De acordo com a conselheira do CFP responsável pelo tema, Marisa Helena Alves, o objetivo é nortear psicólogas e psicólogos para a apresentação do seu trabalho nas redes sociais de forma ética.
“Estamos antenados, olhando para os avanços tecnológicos, sem contudo perdermos os parâmetros éticos. A inovação possibilita que a categoria apresente seu trabalho de forma segura. Faltava pensarmos nessas novas tecnologias, nas novas formas de apresentar o serviço à população”, destaca.
Questões como liberdade de expressão, ofertas de produtos e serviços, preço e trabalho voluntário, uso de depoimentos e fotos, uso de apelidos e logomarcas, são abordadas na nota técnica.
Confira as orientações.