Um ato virtual nesta segunda-feira (03) em defesa dos profissionais de saúde e da assistência social que enfrentam a pandemia sem a devida segurança vai reunir diversas entidades que cobram do poder público um posicionamento. A principal preocupação é com a falta de equipamento de proteção individual, a ausência do adicional de insalubridade e a manutenção da jornada de trabalho de 30 horas semanais. O Ato será transmitido no Facebook do CRP14/MS, a partir das 19h.
A ação é organizada pelo Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP14/MS) em parceira com o Conselho Federal de Psicologia (CFP), Associação Brasileira de Ensino de Psicologia – seção Mato Grosso do Sul (ABEP-MS), Federação Nacional dos psicólogos (FENAPSI), Sindicato dos Psicólogos de Mato Grosso do Sul (SINPSI-MS), Fórum Municipal de Trabalhadores da Saúde, Sindicato dos funcionários e Servidores Municipais de Campo Grande (SISEM), Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho – Núcleo de Mato Grosso do Sul (SBPOT-MS), Associação Brasileira de Psicologia Social – Núcleo Campo Grande, Centro Acadêmico de Psicologia da UFMS e Centro Acadêmico de Psicologia da Uniderp.
Segundo o conselheiro e vice-presidente do CRP14/MS, Walkes Vargas, o ato está sendo organizado com objetivo de defender a aprovação do Projeto de Lei nº 9.804/20 que concede adicional insalubridade aos profissionais da área de saúde e da assistência social de Campo Grande, que enfrentam a Covid-19, o novo coronavírus.
“O prefeito tem até o dia 5 de agosto para sancionar o projeto que foi aprovado pela Câmara dos Vereadores. Por isso estamos reunindo diversas entidades nesse ato como forma de pressionar o poder público. Não podemos deixar nossos colegas, que estão na linha de frente da pandemia, desassistidos dessa forma. Estamos aqui em defesa daqueles que estão lá por nós, cuidando das pessoas. É a nossa vez de fazer algo. Queremos o sancionamento do projeto de lei”, explica Walkes.
No dia 13 junho, o Conselho publicou uma nota em defesa trabalhadores do SUAS. No documento fica expresso a solicitação aos órgãos de competência que incluam o Adicional de Insalubridade, reconhecendo os riscos da situação de trabalho das equipes que realizam atendimento neste período de pandemia. Além de reforçar os estoques de EPIs para a proteção dos servidores.
De acordo com Paulo Godofredo, presidente do Fórum Municipal de Trabalhadores da Saúde o serviço de atendimento não parou durante a pandemia. Na verdade, o presidente relata que houve um aumento na demanda nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Núcleo de Atenção às Políticas de Saúde – NAPS e Centros Especializados.
“O que podemos notar é que neste período de pandemia houve um aumento na demanda por saúde mental. Estamos recebemos mais casos que envolvem ansiedade, depressão e outros problemas. O serviço não parou, e dos 82 psicólogos que estão trabalhando na rede municipal, aproximadamente 20% deste total, encontra-se afastado por conta da Covid-19”. O adicional é muito importante porque reconhece o esforço desses profissionais que estão trabalhando para garantir que continue o atendimento”.
No formato de Live, as diversas entidades vão debater a situação dos profissionais e expor a necessidade de sancionar a lei. O encontro será realizado, às 19h (horário de MS), com transmissão via Facebook do CRP14/MS.