A investida dos fazendeiros que acabou na morte de um índio e ao menos cinco feridos em Mato Grosso do Sul, considerada um massacre e um crime, mobilizou os movimentos sociais, centrais sindicais, a defensoria pública do Estado de Mato Grosso do Sul e entidades de classe.
Preocupados com a situação dos povos indígenas, a Central Única dos Trabalhadores de MS (CUT-MS), reuniu em sua sede semana passada,os representantes que apoiam os direitos humanos e a causa indígena, a fim de pensar ações para chamar a atenção para os atos de violência que acontece há anos entre os produtores rurais, governo e indígenas. As instituições presentes concordaram em realizar um Ato de impunidade contra o Genocídio, formando um movimento de frente de defesa aos Povos Indígenas.
A secretária-conselheira e presidente da Comissão de Psicologia e Povos Indígenas (CPPI) do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP14/MS), Giovana Guzzo, participou desta ação, realizada no dia 21 de junho, às 17h na Praça do Ary Coelho, em Campo Grande-MS.
“Durante o ato houveram diversas manifestações como por exemplo, a preocupação com a preservação de danças típicas dos indígenas, a fala das lideranças expressando sua manifestação de repúdio à violência e a fala dos deputados Pedro Kemp e João Grandão, integrantes da CPI do Genocídio”, explicou Giovana.
Desde a semana passada, a CPPI manifesta sua preocupação com a situação dos indígenas no Mato Grosso do Sul. No mesmo dia em que houve o encontro das entidades, a conselheira Giovana esteve na CUT para conversar com o presidente regional da Central, Genilson Duarte.
Na ocasião, ela comenta que a conversa foi breve, objetiva e bem proveitosa: “além de expressar nosso apoio aos povos indígenas, tratamos de um assunto importante: a atuação da Comissão de Psicologia e Povos Indígenas do CRP14/MS. Expliquei como a comissão contribui e está à disposição para orientar os psicólogos que trabalham com povos indígenas e também à disposição de todos os interessados em conhecer o tema e/ou contribuir com ações. Aproveitei também para estender o apoio institucional do CRP14/MS e comunicar que a comissão está em fase de elaboração final do cronograma do III seminário estadual que acontecerá em agosto deste ano, sobre Psicologia e Povos Indígenas que será publicado em breve”, conclui Giovana.
O CRP14/MS apoia e defende os direitos humanos e repudia todo e qualquer ato de violência que prejudique a figura humana e entende que os atos conflituosos entre produtores rurais e indígenas são resultantes de impunidade e insuficiência de esforços dos poderes públicos em investigar denúncias de formação de milícias.
Para compreender mais a opinião deste conselho, leia e opine sobre a manifestação de apoio aos povos indígenas, no link